Segundo José Carlos de Lucca, no livro “Pensamentos Que Ajudam”, tristeza é um sentimento humano normal.
Você não deve ver a tristeza com negatividade nem tentar afasta-la, sem antes fazer uma espécie de gerenciamento da emoção. Entender o motivo da tristeza é importante. Deixa-la passar por você também é, já que somos seres errantes em uma jornada terrena.
No entanto, se você estiver triste há muito tempo e tudo ao ser redor parecer triste, busque ajuda médica e de um Centro Espírita de confiança. O tratamento espiritual não substitui o tratamento clínico, eles são complementares.
Saiba que a tristeza momentânea, por causa de tribulações no cotidiano, é comum e passageira.
O seu progresso espiritual está ligado à maneira que você reage aos problemas. A melhor atitude diante da tristeza é solucionar o que está causando o sentimento. Se a situação não puder ser modificada, mude a perspectiva que você tem do problema.
Por que você se sente triste? É uma família exigente, um emprego estressante ou a falta dele, dívidas que estão acumulando, um relacionamento que está passando por turbulências? Ninguém pode responder essa pergunta por você. Faça uma autoanálise para saber qual a raiz da sua tristeza.
É hora de exercitar esforço, persistência, aprimoramento, flexibilidade e vontade para não desistir de viver bem mesmo com sentimento de tristeza em determinadas ocasiões.
Também busque um tempo para lembrar o que você tem prazer em fazer. Investigue a si mesmo e reflita: o que você gosta de fazer? É dormir mais um pouco, assistir uma série, ir às palestras que são dadas no Centro Espírita, tricotar, ler um livro ou jogar um jogo? Invista em pequenos momentos de felicidade, invista em momentos prazerosos pra você. Conversas com pessoas queridas, momentos de descontração, meditação, brincar com o animal de estimação, não importa. O importante é não se concentrar apenas na tristeza.
Não se deixe abater de tal modo que a situação fique quase irreversível. A hora de agir é agora. Não tenha pena de si mesmo, não alimente a autocobrança ou sentimentos de inferioridade, como culpa e remorso. É hora de praticar o autocuidado.
Se você não estiver bem, nada ao seu redor vai parecer bem. Não desista de afastar a tristeza. Se precisar, descanse, faça uma oração, peça conselhos às pessoas queridas e desabafe. Mude a situação ou a si mesmo, o que for necessário.
O primeiro passo é se priorizar. Cuidar da sua alimentação, do sono, do Espírito, da mente; são fatores essenciais para que uma vida saudável, além de buscar momentos de lazer.
Busque um local silencioso e confortável para que fique só consigo mesmo. Faça a autoanálise sem pressa. Realize atividades que você tem prazer. Mas, principalmente, garanta que você tenha descanso e respeito por seus sentimentos negativos, já que fazem parte de ser humano.
José Carlos de Lucca propõe em seu livro uma “faxina geral” para enfrentar a dor:
“[...] precisamos reconhecer que a dor exerce um papel importante em nossa vida, e, quanto mais estivermos atentos a isso, procurando enxergar a lição que a dificuldade nos trouxe e assimilá-la o quanto antes, mais fácil e rapidamente a dor nos deixará, pois terá cumprido seus objetivos.”
Então, não paralise diante da tristeza. Se não ser para mudar a situação que causa em você esse sentimento, Deus está tentando mudar você.
Não resista quando a tristeza vier tentar muda-lo ou mudar a situação que está deixando você assim. Enfrente com discernimento, para sair enriquecido de lições desse momento em sua jornada.
A tristeza não é um sentimento para ter vergonha, muito menos a depressão. Segundo o Espírito Joanna de Ângelis, a tristeza não é o inverso da alegria, mas a falta de alegria momentânea. Por isso, você deve preencher sua tristeza com momentos de prazer.
Por mais equilibrada que seja sua vida, você não é imune ao sentimento de tristeza, porque você não controla tudo que acontece ao seu redor. É hora de dar o dobro de si mesmo para deixa-la ir sem grandes estragos, além de um aprendizado.
É necessário buscar esperança, confiança em Deus, alegria por outras conquistas, convivência social saudável; tudo isso para que a tristeza não se intensifique.
A tristeza, quando vivida por um prisma de transformação da vida ou de si mesmo, é libertadora.
É importante desenvolver a autoaceitação também. Nem sempre você estará de bom humor. Nem sempre terá o controle da situação. Isso também é uma prática de humildade, um dos ensinamentos de Cristo.
Através da Doutrina do Espiritismo, você sabe que é um ser errante ainda em construção. Você vai cometer erros e acertos. A forma como você lida com as consequências, como a tristeza temporária, por exemplo, deve ser corajoso, persistente e paciente.
A tristeza tem tantas coisas a ensinar. Ensinar a valorizar os pequenos momentos de alegria, as conquistas, os amigos, a saúde, o trabalho, a família. Ensinar a praticar a autorreflexão e a mudança de atitude quando é preciso mudar uma situação ou a si mesmo. Ensinar que é possível lidar com a tristeza de forma saudável, com aceitação.
Porém, se você identificar que não consegue passar por isso sozinho, busque ajuda médica e de um Centro Espírita para que lhe auxiliem se a tristeza não passar. Como já dito, os dois tratamentos são complementares e o tratamento espiritual não exclui a necessidade de ajuda médica.
E mesmo se a depressão bater na porta, há saída. Nada no mundo é imutável, tudo é passageiro e tem solução. Você não está sozinho e nem precisar encarar isso sozinho. Siga os passos abaixo e encontre a cura:
Porque me sinto triste