Allan Kardec, fundador da doutrina espírita, nasceu em Lyon, em 3 de outubro de 1804, seu nome de batismo era Hippolyte Léon Denizard Rivail, e passou a usar o codinome de Allan Kardec para assinar as obras espiritas. A troca de nome aconteceu porque Rivail não se considerava o autor dos livros, como de fato não era, ele era apenas o organizador das ideias transmitidas pelos espíritos, após uma consulta aos espíritos lhe foi relevado que em uma outra encarnação tinha sido um sacerdote druida e se chamava Allan Kardec.
Allan Kardec era filho e neto de advogados, e de uma típica família que se distinguiu na magistratura e na advocacia, mas Allan Kardec quebrou essa tradição, escolhendo não seguir essa carreira, Allan Kardec desde pequeno sempre gostou e se dedicou aos estudos das ciências e da filosofia.
Estudou no Instituto de Educação Pestalozzi, em Yverdun, Suíça, tornou-se um dos discípulos eminentes desse célebre pedagogo e um dos propagadores de seu sistema de educação, que tem um grande impacto em relação a reforma educacional na França e na Alemanha.
Foi nessa escola que Allan Kardec se desenvolveu, por conta disso, Allan Kardec conseguiu mais tarde ser reconhecido na categoria dos progressistas e dos livres pensadores dentre a população Francesa e Europeia.
Allan Kardec nasceu na religião católica, mas foi educado em um país protestante, por conta disso viu e viveu ao redor de muita intolerância e isso também moldou Allan Kardec, desde os quinze anos tinha em sua cabeça a ideia da necessidade de uma reforma religiosa, com um pensamento em alcançar a unificação das crenças, mas Allan Kardec sabia que algo estava faltando para a solução desse grande problema.
Além das citadas acima um grande número de estudos foram publicados por Allan Kardec na Revista Espírita.
A Revista Espírita, iniciada em primeiro de janeiro de 1858. Fundou em Paris, em primeiro de abril de 1858, a primeira sociedade espírita que era regularmente constituída, que tinha como objetivo contribuir no estudo dessa nova ciência. O Allan Kardec se justifica por não ter escrito nada por influências de ideias antecipadas, preconcebidas ou sistemáticas, sendo Allan Kardec um homem de caráter frio e calmo, observou os fatos, e deduziu as leis que os regem, foi o primeiro a dar-lhes a teoria e a deles formar um corpo metódico e regular, e aqui vemos um questão de suma importância para doutrina espírita que busca sempre explicações e repostas de forma clara e direta, mas não apenas de uma única fonte, não precisando de uma aprovação humana das ideias, mas sim uma aprovações moral, sendo que as ideias devem sempre ser analisadas e filtradas pelos ensinamentos de Jesus, não podendo assim de nenhuma forma se admitir ideias vindas de quem quer que seja sem o crivo da concordância e da coerência com os ensinamentos e amor que Deus nos enviou por intermédio de Jesus.
Foi com base nessa metodologia que Allan Kardec foi demonstrando que os fatos falsamente qualificados como sobrenaturais estão submetidos a leis naturais, Allan Kardec fez essas manifestações até então desconhecidas. entrarem na ordem dos fenômenos da natureza e destruiu qualquer possibilidade de sobre naturalidade de tais efeitos mostrando com evidências que eles são totalmente naturais e partem de princípios inteligentes e que existem segundo as leis de Deus.
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Durante os primeiros anos que deu importância aos fenômenos espíritas, essas manifestações causaram mais curiosidade assunto de meditações sérias, o Livro dos Espíritos fez considerar tudo sob um outro aspecto, então abandonou-se a dança das mesas, e aliou-se a um corpo de doutrina que abarcava todas as questões que interessavam à humanidade.
Data da publicação do Livro dos Espíritos a verdadeira fundação do espiritismo que, até então, não possuía senão elementos sem coordenação, e que o alcance não podia ser alcançado por todo o mundo, nesse momento também a doutrina fixou a atenção dos homens sérios e teve rápido desenvolvimento. Em poucos tempo essas ideias espíritas se espalharam em todas as camadas da sociedade e em muitos outros países incluído aqui no Brasil que posteriormente seria ponto de abrigo as ideia espiritas e grande motor de propagação do espiritismo.
Allan Kardec soube colocar sua obra ao alcance de todos o e fazer com que o livro tenha uma leitura sem cansaço, uma condição que é essencial para a divulgação do livro e da ideia do espiritismo. Sobre todos os pontos controversos, sua argumentação, de lógica precisa, oferece pouca chance à refutação e predispõe à convicção.
As provas materiais que o espiritismo concede sobre a existência da alma e da vida futura tendem à destruição das ideias materialistas e panteístas.
Um dos princípios mais produtivos dessa doutrina, é o da pluralidade de existências, já entrevisto por uma multidão de diversos filósofos antigos e modernos, nesses últimos tempos, por Jean Reynaud , Charles Fourier, Eugène Sue e outros; mas sempre ficaram no em estado de hipótese e de sistema, enquanto Allan Kardec com o espiritismo mostra a sua realidade e prova atributos essenciais da humanidade.
Partindo dessas ideias a explicação de todas as anomalias aparentes da vida humana, de todas as desigualdades intelectuais, morais e sociais; o homem sabe, assim, de onde vem, aonde vai, qual é sua finalidade de estar na terra, e porque sofre aqui.
As ideias explicam pelos conhecimentos adquiridos nas vidas anteriores; a caminhada dos povos e da humanidade, pelas pessoas antigas que revivem depois de ter progredido, as coisas boas e as coisas ruins.
Além disso, Allan Kardec diz a respeito à religião, na medida em que a pluralidade das existências, que acaba sendo a prova do progresso da alma do indivíduo, destrói a ideia do inferno e das penas eternas que tem que ser pagas, incompatível com esse progresso, com esse dogma ultrapassado tiram proveito daqueles que foram a origem. Em lugar do princípio “fora da Igreja não há salvação”, que mantém a separação e a animosidade entre as diferentes seitas e que fez verter tanto sangue, no espiritismo, a máxima é “fora da caridade não há salvação”, isto é, ser a imagem semelhante a Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua.
“Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão de frente em todas as eras da humanidade. É preciso uma base para a fé e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer; para crer não é suficiente ver; é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque quer impor-se e exige a abdicação de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio” (Evangelho Segundo O Espiritismo)
A doutrina espírita, como é representada nas obras de Allan Kardec, ensina a necessidade do progresso intelectual, mas principalmente nosso progresso moral que é o verdadeiro objetivos de nossas encarnações nesse mundo de provas e expiações que é a Terra.
Além de mostrar essa verdade absoluta a doutrina espirita revelada por Allan Kardec traz ainda uma verdadeira ferramenta absoluta na batalha diária que travamos contra nos mesmo no campo da correção de nossas atitudes que precisam melhorar não só externamente nas atitudes que são vistas por todos, mas principalmente na melhora interior que é de onde vem nossas mas tendências e quando então as corrigimos todas nossas ações são norteadas pelos ensinamentos de Jesus Cristo, sendo assim jamais devemos esquecer suas palavras de amor e bondade que nos deixam as pistas do caminho a seguir, “ Amar a Deus a cima de todas as coisas e ao próximo como a nos mesmos” e nessas palavras foram resumidas por Jesus todas nossas necessidades e tudo que precisamos saber para seguir em frente nessa longa caminhada rumo a espiritualidade.
Com base nesses princípios Allan Kardec lastreou toda Doutrina espírita, e deixou verdadeiros pontos de luz para que possamos nos guiar através do nosso esforço em entender e aplicar os ensinamentos, a cada momento de nossas vidas de forma humilde e branda, buscando nossa reforma intima a cada segundo.
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