Sou médium, preciso desenvolver minha mediunidade?

Você é médium mas quer entender como e se você é obrigado a desenvolver sua mediunidade? Descubra nesse conteúdo completo sobre a mediunidade e o desenvolvimento pró-ativo.

Sou médium, preciso desenvolver minha mediunidade?

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Segundo Allan Kardec no Livro Dos Médiuns (1861), médium é toda e qualquer pessoa que sente a influência de espíritos, em qualquer grau, já que essa faculdade é intrínseca ao ser humano e não algo exclusivo. Assim sendo, é difícil encontrar alguém que não tenha nen um um pouco de mediunidade. É possível dizer, então, que todos os seres humanos são médiuns, no entanto, são chamados médiuns apenas o que exercem a mediunidade para o trabalho do bem através dos ensinamentos da Doutrina Espírita.

Premissas do Espiritismo e para o que serve a Mediunidade

As expressões “encarnação” e “desencarnação” são nomenclaturas utilizadas pela Doutrina Espírita para classificar os estados dos Espíritos. Isto é, os diferem pela identificação nos planos físico ou espiritual. A mediunidade, então, vem para possibilitar a conexão entre os mundos.    

A necessidade dessa interferência existe para facilitar a nossa evolução de elevação espiritual, visto que, por meio desta comunicação o plano físico obtém ensinamentos.

Como identificar a mediunidade

A energia vital ou energia mediúnica, é a força etérea que permite que os Espíritos permaneçam na sua forma física quando encarnados. Assim sendo, é possível entendê-la como a ligação entre os planos físico e espiritual, e, por consequência, o fator essencial para a existência da mediunidade.

Nem todos os seres humanos podem ser classificados como médiuns por conta dos diferentes graus de mediunidade presentes. A saber que as faculdades mediúnicas se mostram mais proeminentes em uns do que em outros. Tal classificação se torna exclusiva àqueles que realmente exercem sua mediunidade.

Como a mediunidade se apresenta

A existência das habilidades mediúnicas vem do excesso de produção de energia vital. O papel inicial dessa produção é trabalhar no desenvolvimento físico do corpo, de modo que, em uma primeira instância, a energia é direcionada apenas para isso. Só quando está em excesso, ela se expande para o campo mental, promovendo, assim, a mediunidade proeminente, que tem como o objetivo liberar o acúmulo energético.

A mediunidade nas crianças é extremamente sensível, uma vez que o processo de crescimento dessas é ativo e intenso, tornando-as, assim, um corpo com fluxo de energia muito alto.

É comum encontrar relatos de crianças sensitivas, intuitivas, videntes e que até alegam ter conversado com entidades espirituais. Porém, forçar uma mediunidade não natural em pessoas com tão pouca idade pode ser extremamente traumático e agressivo em razão da falta de uma maturidade que seria necessária para que pudessem elaborar as informações e a extensão dos fatos.

Existem vários tipos de faculdades mediúnicas e estas representam diferentes habilidades. Algumas delas são:

  • Médiuns de efeito físico;
  • Médiuns sensitivos;
  • Médiuns audientes;
  • Médiuns de psicofonia;
  • Médiuns psicógrafos.

Essas são algumas das possibilidades que a energia mediúnica pode pode ser direcionada. Não é imprescindível que a pessoa se torne um médium de uma habilidade complexa por conta disso. A mediunidade aflora em diferentes graus e em diferentes maneiras.

O que acontece quando não desenvolvo a minha mediunidade?

Médiuns não desenvolvidos tendem a ter explosões emocionais e reações racionalmente desproporcionais a situações do cotidiano. Surtos de raiva, episódios de extrema tristeza e sentimentos odiosos frequentes são algumas das consequências psíquicas da repressão mediúnica. Efeitos colaterais físicos também estão incluídos e se dão pelo acúmulo de energia nos diferentes chacras do corpo.

A origem dessas consequências se dá pela falta de desenvolvimento da mediunidade, pois as faculdades que deveriam ser usufruídas em prol do bem estão sendo reprimidas. Então, a pessoa que carrega toda essa carga energética passa a ser alvo de estímulos negativos, como obsessões, a fim de que ocorra a energia seja usada através de sua mediunidade.

O que são obsessões?

As obsessões, segundo o Espiritismo, são enfermidades psíquicas, que têm como agentes Espíritos maldosos, por motivo de que Espíritos Superiores não infligem aborrecimentos. As obsessões sobre uma pessoa médium têm como objetivo causar importunação e desconforto.

É comum que o caráter maldoso da manipulação tenha como motivação o próprio sofrimento do Espírito obsessor e sua vontade de que os outros passem pelo mesmo. Isso ocorre porque este encontra prazer em atormentar e humilhar a pessoa obsidiada.

Outro motivo para as obsessões é a vingança. Espíritos procuram por pessoas com quem tiveram desentendimentos em vidas passadas ou até que os magoaram nesta vida. Agem movidos por ódio, inveja, desonestidade e muitos outros sentimentos negativos.

Existem três graus de obsessão:

  • Obsessão simples: É onde o Espírito não dissimula suas intenções e é facilmente identificado por médium;
  • Fascinação: Tem consequências mais graves por iludir o obsidiado e criar uma realidade onde o médium não reconhece a obsessão;
  • Subjugação: É o controle profundo da mente do obsidiado que provoca extremo sofrimento psíquico e físico.

O livre-arbítrio na escolha de não desenvolver a mediunidade

Segundo O Livro dos Espíritos (1857) de Allan Kardec, o homem tem liberdade de pensar e de agir conforme sua vontade. Então ele tem livre-arbítrio para escolher ou não desenvolver sua mediunidade.

No mesmo livro, os Espíritos respondem que a finalidade da reencarnação é a expiação de erros passados, aprimorando o progresso da Humanidade.

A mediunidade é uma faculdade escolhida pelos Espíritos que reencarnam como médiuns para tratar de expiar faltas cometidas anteriormente, ajudar o intercâmbio entre o mundo espiritual, físico e através de estudo, aprofundar o Espírito na Doutrina Espirita, para que ele evolua moralmente.

Portanto, escolher não exercer a mediunidade é uma escolha do livre-arbítrio, mas também é abrir mão de uma oportunidade que a pessoa pediu para ter.

Sem o aperfeiçoamento da mediunidade, a educação dela, a evolução moral e o exercício da mediunidade em um Centro Espírita, por exemplo, as portas do médium ficam abertas para obsessões e situações desconfortáveis. Por não estudar, ele fica sem entender o que está acontecendo.

Observando um trecho do Livro Dos Médiuns de Allan Kardec, é esclarecido que os médiuns que repugnam o emprego das suas faculdades, são médiuns imperfeitos e que desconhecem o valor da Graça que lhes é concedida.

A mediunidade pode ser pesarosa quando encarada como um fardo a ser carregado, mas se entendida e apreciada como virtude, ela nada mais é do que benéfica e parte de processo de elevação espiritual.

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