No livro “Momentos de Consciência”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, ditado pelo Espírito de sua mentora Joanna de Ângelis, no capítulo 19 – “Consciência e Mediunidade”, é explicado que a mediunidade vive latente no organismo humano. Ela se aprimora mediante o exercício da mediunidade bem direcionada, educada e trabalhada. É uma faculdade da consciência ou do Espírito Imortal, como todos somos, para nos mostrar o mundo das manifestações espirituais concretas e ter contato com os Espíritos.
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O afloramento da mediunidade ocorre em qualquer idade, posição social, religião ou crença que o ser humano tenha. Os sinais do florescer da mediunidade são efeitos físicos e intelectuais, bem como manifestações nas áreas visual e auditiva, e se apresentam em variadas formas.
Em alguns médiuns, o florescimento da mediunidade aparece com relativa violência, já em outros aparece sutilmente. Algumas das características são sensações estranhas de presenças psíquicas ou físicas, gerando medo, ansiedade, inquietação ou incerteza. Em alguns momentos transtorna a lucidez, para em outros momentos, mostrarem com clareza o vasto mundo espiritual.
Às vezes, quando a mediunidade aparece surgem distúrbios, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas. Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos Espíritos que favorece o desequilíbrio ou não no médium, de acordo com seu padrão vibracional e caráter moral.
A mediunidade por si só não é boa nem má, é neutra, e cabe ao portador estudar, educar e praticar sua mediunidade para o bem, segundo ensinamentos da Doutrina Espírita.
No Livros dos Médiuns, Allan Kardec apresenta as formas nas quais a mediunidade pode aparecer.
Ele explica que toda pessoa, em maior ou menor grau, sente a influência dos Espíritos. Essa é a descrição da mediunidade. No entanto, essa faculdade não se revela do mesmo modo para todos, por isso existem diferentes tipos de médiuns.
Esses médiuns são mais especialmente aptos a produzirem fenômenos materiais, como movimentos de objetos inertes, ruídos, e etc.
São médiuns facultativos os que têm a consciência de sua mediunidade e produzem efeitos espíritas por espontânea vontade.
Já os médiuns involuntários ou naturais são aqueles cujos fenômenos se produzem sem que eles tenham consciência que os estão causando.
São chamados assim os médiuns que sentem a presença dos Espíritos vagamente. Essa faculdade se desenvolve pelo hábito, pelo estudo e pela prática. Ela pode ficar tão sutil que o médium é capaz de reconhecer quem é o Espírito que está ali ou mesmo se sua índole é boa ou má.
Esses médiuns ouvem as vozes dos Espíritos. Às vezes ouvem em sua mente, como se fosse um pensamento intruso e outras vezes ouvem claramente com os ouvidos, como se fosse a voz de uma pessoa viva.
Os médiuns dessa categoria podem servir aos Espíritos de seus próprios corpos para darem voz e ação a eles. Ou seja, o Espírito utiliza o corpo do médium para falar, andar e até gesticular. Alguns médiuns mantêm a consciência quando um Espírito está utilizando seu corpo como instrumento e outros médiuns ficam semiconscientes.
Entre os médiuns que psicografam, existem três categorias distintas: os médiuns mecânicos ou passivos não mantém a consciência, enquanto o Espírito escreve com sua mão. Já os médiuns intuitivos são aqueles que escutam por pensamento um Espírito e transcreve a mensagem. Os médiuns semimecânicos sentem o Espírito guiando sua mão e tem plena consciência do que está escrevendo.
No livro Oferenda, também psicografado por Divaldo Pereira Franco e transmitido por sua mentora, Joanna de Ângelis, no capítulo “Educação Mediúnica”, há o esclarecimento de uma boa educação para exercer essa faculdade com proficiência.
É colocado que o exercício da mediunidade é como instrumento de Jesus, e, segundo as leis de Deus requer equilíbrio, perseverança e sintonia. Além disso, é necessário disciplina moral e mental, através da reforma íntima, que atrairão os Espíritos Superiores que querem fazer contato.
Para ser exercida com eficiência, a mediunidade precisa dos Espíritos Superiores, senão é só uma habilidade sem uso ou pior, uma habilidade usada por Espíritos inferiores para atrapalhar a vida do médium em várias esferas.
É posto que a educação do médium coordenando atitudes, corrigindo falhas, evitando transtornos e distúrbios, seja de equilibrar os pensamentos e seu padrão vibracional. São coisas mais do que necessárias para uma prática mediúnica saudável e segura.
Por isso, o portador da mediunidade que está florescendo precisa urgentemente procurar uma Casa Espírita, evitando a vinculação com práticas suspeitas e superstições dispensáveis.
Por fim, uma citação de Allan Kardec no Livros dos Médiuns, capítulo 20, “Influência Moral do Médium”.
“Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é lícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atração, ou de repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam. Se o médium é vicioso, em torno dele se vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o lugar aos bons Espíritos evocados. As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria”.
Caso você tenha dúvidas se é médium ou não, se as tribulações que está passando são de causas mediúnicas, procure um Centro Espírita. Você será orientado, educado e aprenderá com quem tem experiência, em um ambiente protegido pelo plano astral, para desenvolver sua mediunidade.
Praticar sua habilidade mediúnica sozinho só abre brechas para você ser vítima de mistificação ou obsessão.